São Miguel, mais lagoas

Quando há tempos andámos pelo miradouro da Boca do Inferno, acima da Lagoa das Sete Cidades e após a Lagoa do Canário, prometemos que voltaríamos para conhecer as restantes lagoas da Serra Devassa, nas Sete Cidades. São tantas que ainda não chegámos a todas elas, apesar de estarmos agora mais perto de o conseguir. O trilho PR5 – SMI “Serra Devassa”, a curta distância de carro desde Ponta Delgada e um dos mais populares na ilha, guia-nos até às Lagoas das Empadadas, Lagoa Rasa, Lagoa das Éguas Norte e Lagoa das Éguas Sul, permitindo ainda admirar de cima a cratera vulcânica onde está instalada a Lagoa do Pau Pique.

As Empadadas são duas lagoas separadas por um caminho estreito e são algo verdadeiramente belo. De todas as referidas acima são aquelas de mais fácil acessibilidade, bastando para as alcançar caminhar uns 400 metros desde o portão de entrada para as lagoas junto à estrada. Mas, precisamente, rodando na estrada não se suspeita que tamanha maravilha possa estar escondida, não sendo por acaso que são conhecidas como “as lagoas secretas de São Miguel”. Também numa cratera vulcânica, estão rodeadas por uma floresta de criptomérias e, por sorte, tivemos um dia de céu limpo e azul, ideal para extrair o máximo da beleza deste espelho de água e seus reflexos.

A Lagoa das Empadadas Norte, maior

A Lagoa das Empadadas Sul, menor

Aqui perto fica a Lagoa Rasa, aninhada numa parede de um dos montes da Serra Devassa.

E depois de uma subida, a 870 metros de altitude temos as Lagoas das Éguas, ambas igualmente numa cratera vulcânica. Um miradouro fabuloso deixa perceber o quão redonda é a Lagoa das Éguas Sul, como se de um olho se tratasse, imediatamente acima da Lagoa Rasa.

E outro miradouro não menos fabuloso faz com que estejamos suspensos acima da Lagoa das Éguas Norte, formosa no sopé de uma crista.

Longe das Sete Cidades, na zona central da ilha fica a Lagoa do Congro. Facilmente acessível após um trilho de 700 metros pelo meio da floresta de criptomérias, eucalipto, tis e camélias (introduzidos no século XIX por José do Canto), esta lagoa foi formada há cerca de 3800 anos e ocupa a base de uma cratera de explosão do tipo maar. Com 500 metros de diâmetro, impressionam as suas paredes escarpadas, as quais chegam a atingir 120 metros. Mas é a sua tranquila água que mais seduz, linda na paleta diversa de verdes que deixa reflectir.

Um desvio no trilho mais batido leva-nos ainda à vizinha Lagoa dos Nenúfares, assim nomeada por estar em grande parte coberta por esta espécie.

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