A Mata de Alvalade, também conhecida por Parque José Gomes Ferreira, está situada no centro de Lisboa, entre a Avenida do Aeroporto, a Avenida do Brasil e o Bairro de Alvalade. São 11 hectares de uma mancha de vegetação intensa postos à disposição do lazer e da actividade física dos lisboetas e de todos os que visitam a cidade, escondendo espécies de flora e fauna e até miradouros.

A ideia de transformar em parque os terrenos que anteriormente haviam sido de antigas quintas, como a Quinta de Alvalade, Quinta da Charca e Quinta do Narigão, já vinha da década de 1930, mas foi em 1951 que o arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles apresentou e desenvolveu o projecto para o então designado “Triângulo compreendido entre o Bairro de Alvalade, a Avenida do Brasil e a Avenida do Aeroporto”. Dado início ao plano de plantação da Mata de Alvalade, a sua reflorestação prolongou-se até ao final da década seguinte. Na época, pretendia-se que fosse acompanhada de um centro desportivo e de um lago. Subjacente ao projecto desta mata de recreio estavam os princípios higienistas da época, que privilegiavam um ordenamento da paisagem no sentido de maximizar as suas potencialidades, incluindo ao nível de habitats e do desporto ao ar livre. Nem tudo se fez, sobretudo no âmbito das instalações desportivas. E por volta de 1970, plantada que estava a mata, a encosta e zona do areeiro do Narigão estava preenchida por barracas, o que, felizmente é situação do passado para recordar e não repetir.




Hoje, a Mata de Alvalade é lugar, efectivamente, voltado para as actividades físicas ao ar livre, com caminhos para pisar a pé ou de bicicleta, diversas estações de um circuito de manutenção e até mesas de ténis de mesa. Ainda assim, há também bancos para se estar, zonas com mesas para merendar e uma clareira / prado para, até, estender a toalha num absoluto descanso e apartamento do mundo, apenas interrompido pelo chilrear das aves que por aqui gostam de estar.




Esta clareira, parte central do parque, faz a ligação entre o olival e o feixial, estando igualmente presentes outras árvores de grande porte, como cedros, pinheiros-mansos e sobreiros.




A densidade desta vegetação impressiona ainda mais quando vista desde os miradouros do parque que toma o nome do escritor e poeta José Gomes Ferreira, que viveu entre 1900 e 1985. É uma mancha que parece não ter fim, deixando ver os prédios do Areeiro ao fundo e quase se colando com a mancha do parque do outro lado da Avenida Almirante Gago Coutinho (Avenida do Aeroporto), o Parque da Belavista.

O Parque José Gomes Ferreira, aberto 24 horas, tem ainda um parque infantil e, junto a ele, um quiosque, a Esplanada da Mata.