Existem “n” actividades disponíveis para se fazer no Gerês, umas mais radicais e sofisticadas do que outras, mas visita ao Parque não fica completa sem as singelas caminhadas.
A nossa escolha recaiu no Trilho Cidade da Calcedónia, na expectativa de que em próximas visitas se possa ir realizando as demais caminhadas. A experiência, há que confessá-lo, não foi totalmente agradável. Apesar de este ser um dos trilhos oficiais, isto é, constantes do plano da Câmara Municipal de Terras do Bouro, a sua sinalização e condições do terreno não chegam ao limite do aceitável. A caminhada tornou-se, pois, perigosa e, assim, acabamos por ter direito à nossa actividade radical.
Foram cerca de 10km, em 5 horas de subida extenuante e descida que exigia toda a atenção por este trilho pedestre de pequena rota (PR). O grau de dificuldade vinha descrito como moderado mas, vejo agora, outros locais há que o caracterizam como de elevada dificuldade. Tivéssemo-nos documentado melhor previamente e nunca a mamã se veria metida nestas andanças. Mas sobrevivemos todas e valeu bem a pena a jornada.
O início e fim deste trilho circular é realizado em Covide e, para além do contacto privilegiado com a fauna e flora locais, tem com bónus suplementar o alcance do sitio arqueológico denominado “Fraga da Cidade” ou Calcedónia, lá bem no alto, no morro que teve em tempos a função de castro defensivo.
Voltando ao duro trilho da Calcedónia, este acaba em beleza no Poço Azul, um recanto com um riacho com água fresquinha e, como não podia deixar de ser, clara e límpida, irresistível para se beber numa conchinha feita com as mãos.