Pode ser esquisito, mas também não me importava de começar mais vezes os meus dias com um pequeno-almoço de sushi – uma das experiências que não se deve perder em Tóquio, em especial quando se visita o Mercado Tsukiji.
O mercado exterior é óptimo para ir petiscando, uma vez que os comerciantes fazem questão de nos dar a provar algumas das suas iguarias.
O Roppongi Hillstem-nos a dar as boas vindas diversas esculturas, entre as quais o Maman de Louise Bourgeois, a aranha gigante que já tínhamos visto em Londres e Bilbau. A sua maior atracção é a Torre Mori, de 54 andares. Nos andares 52 e 53 fica o Mori Art Museum e no último andar o observatório Tokyo City View, havendo ainda a possibilidade de subir ao telhado para ver o Sky Deck por mais uns yenes. Dizer desde já que pela vista não merece a pena, uma vez que a nossa capacidade de circular pelo telhado é bastante limitada, ficando, ao invés, com uma excelente vista para o heliporto. Mas dizer, também, que foi a melhor compra que podíamos ter feito porque a jovem funcionária dos bilhetes se baralhou toda na venda e em troca da nossa nota de 5000 yenes para pagamento deu-nos de troco 6000 yenes. Resultado: estávamos tão aflitas com o dinheiro, que não queríamos que sobrasse para não perdermos com os câmbios, que na verdade faltava-nos era dinheiro. Graças à menina que, pelo menos momentaneamente não soube fazer contas, pudemos ficar com mais dinheiro e tempo livre para seguirmos para o aeroporto num autocarro directo que saia mesmo junto ao nosso hotel. Sugoi de su ne!
A vista da Mori Towerfoi a melhor que encontrámos. Tempo limpo, dava para a nossa vista alcançar muito e tentar compreender melhor a ligação entre os bairros da cidade. Aqui de cima tudo ficou mais claro e percebemos que Aoyama e o seu mega cemitério é mesmo aqui ao pé. Isto anda tudo ligado. A Torre de Tóquio, famosa marca da cidade, espécie de Torre Eiffel mas em vermelho, estava ali mesmo à nossa disposição visual.
O Tokyo Midtown é igualmente um muito bem sucedido projecto de arquitectura urbana com diversas funcionalidades. Com espaços públicos muito agradáveis, quase fazendo esquecer que estamos numa das maiores metrópoles do mundo, possui um jardim no qual está instalado uma jóia da arquitectura, o 21 Design Sight, de Tadao Ando. Se em Kyoto tínhamos visitado um seu edifício residencial que achámos muito discreto e se o Omotesando Hills em Tóquio não tinha deslumbrado, as linhas deste centro cultural voltaram a fazer com que a minha admiração por Tadao crescesse. Simplesmente perfeito em arquitectura e enquadramento.
Para finalizar a nossa passagem por Tóquio, tempo ainda para um passeio e uma descansada pelos jardins do Palácio Imperial. Bonito, algo isolado da confusão, mas com os arranha-céus ao fundo para não nos deixar esquecer que estávamos em Tóquio.