Cascata Poço do Inferno

A Cascata Poço do Inferno deve ser um assombro rodeada de neve. O problema é que as quedas de neve na Serra da Estrela vêm muitas vezes acompanhadas por estradas interditas por aquela região. Vai daí, o melhor é aproveitar a ausência de neve e o caminho aberto.

E que caminho. A estrada florestal à saída de Manteigas, um desvio do Vale Glaciar do Zêzere, vale por si só o passeio. Estreitíssima – passam dois carros quando passam e com muita habilidade -, logo adentramos num bosque com uma vegetação intensa ladeado por frondosas paredes de granito e xisto. No Outono, as folhas de diversas tonalidades costumam criar um tapete natural, mas fora dessa época já não tanto.

Estacionado o carro ao fim de uns 5 kms, seguimos pela estrada a pé mais uns metros e logo temos a cascata mesmo ali à beira. Estamos a 1080 metros de altitude e a água da Ribeira de Leandres, afluente do Rio Zêzere, despenha-se de uma altura de 10 metros, cortesia de uma falha na montanha. Podemos subir por umas escadas cravadas na pedra e chegar bem junto à água que jorra forte e barulhenta. Água tão cristalina que a curiosidade de observar uma das minhas mãos sob aquela transparência me deu coragem para a molhar. Como prémio segui a exploração do lugar com ela quase congelada.

A água continua, depois, a correr por ali abaixo, aproveitando os desníveis do terreno em sucessivas quedas e formando outras piscinas naturais. É um lugar para nos deixarmos estar, no meio do sossego da natureza. Beleza pura.

(da Cascata Poço do Inferno segue um trilho pedestre circular de 2.5 kms à volta desta queda de água)

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