Não nos arrependemos. Nem um pouco. É impressionante e cativante. É um pouco da Grécia em Itália. De facto, em tempos, foi a colónia grega mais a ocidente e contemplava mais de 100 000 habitantes e templos importantes.
Junto à imensidão das colunas e do mar, que se esprai logo ali, percebemos quão pequenos somos e, simultaneamente, como imensos somos para, em tempos longínquos, projectarmos obras daquela magnitude.
O ponto é que Mazara del Vallo, por estar mais próxima da costa africana do que da ponta nascente da Sicília, apresenta muitas influências urbanas e culturais do vizinho continente. O centro histórico é o kasbah, coração desta cidade de origem sarracena. Apresenta-se labiríntico e polvilhado de magníficos edifícios barrocos e Normanos.
Ao mesmo tempo que a nossa vista alcança uma igreja, logo de seguida, surpreendentemente, vislumbramos uma mesquita, enquanto isso sentimos aromas do norte de África.
Percebemos o porquê quando nos sentamos à mesa para nos deliciarmos com um maravilhoso couscous de peixe, a comida típica local, um chá e doces árabes.
No seu pequeno centro histórico impressiona a elegante pavimentação, caldeiras e sistema de drenagem em mármore. Assim como a graciosidade das praças e dos edifícios barrocos.
Ainda na costa oeste, em direcção a norte, entre Marsala e Trapani, surge a paisagem evocativa das salinas e dos moinhos. O sal ali produzido é considerado o melhor de Itália.
Pela sua posição geográfica oferece-nos magníficas panorâmicas para Trapani e seu porto, ilhas Egadi, Mar Tirreno e para o Monte Cofano.
Para além destes inúmeros argumentos ainda alberga a famosa pastelaria Maria Grammatico, considerada uma das melhores da Sicília.