Este passeio já tem uns meses largos (Janeiro), tantos que na altura era este o Relvas mais famoso do país (optimismo meu, a bem do património).
Parte integrante do nosso património cultural, houve um esforço enorme para recuperar o edifício e seus jardins, que albergam algumas espécies exóticas.
O chalet, metade residencial metade estúdio, é um exemplo deslumbrante da arquitectura do ferro oitocentista. A sua construção foi iniciada em 1872 para servir de estúdio e laboratório de fotografia, mas em 1887 viria a ser adaptado a residência após a morte da primeira mulher de Relvas.
Em avançado estado de degradação, nos anos 80 do último século foi doado à Câmara Municipal da Golegã e posteriormente recuperado por esta em parceria com o então IPPAR.
Mas é a sua arquitectura exterior que encanta. Fachada cheia de decorações e bem trabalhada, com espaço para dois bustos de fotógrafos da época, encontramos ainda aqui também umas outras belas escadarias em ferro de acesso ao segundo piso. Aliás, o ferro domina o edifício, num estilo que pode ser caracterizado como neo-manuelino e neo-gótico, com uma arquitectura romântica e revivalista, em muito bom tempo superiormente recuperado.