Entre a Ajuda e o Restelo, abaixo do Parque Florestal de Monsanto, está o Parque Recreativo Moinhos de Santana. É um espaço verde tranquilo que alia as valências de um parque de lazer a uma vista fabulosa e a uma pitada de história.

Há largos relvados, diversas árvores, um lago incrível, caminhos para passear, parque infantil, rampinha de skate, mini golf, enfim, muito para que possamos passar aqui bons momentos. Podemos até estender a toalha – de praia ou de piquenique – e deixar os miúdos correr à solta.


E, está mesmo a ver-se pelo nome do parque, temos os moinhos que lhe dão título, instalados na zona mais alta, precisamente o lugar do miradouro. Esta é mais uma vista grandiosa da nossa Lisboa, com o rio Tejo lá em baixo a correr sob a Ponte 25 de Abril com a anuência do Cristo-Rei para, logo depois, se juntar ao Atlântico.

São dois os moinhos que testemunham tempos idos da nossa ruralidade em que o vento – daí a sua localização numa zona mais elevada – fazia com que o grão fosse transformado em farinha para, entre outros, fazer o pão que servia os lisboetas. Mas já foram muitos mais os moinhos de vento espalhados pelas colinas ocidentais de Lisboa, em especial por Monsanto, restando hoje por estes lados estes 2, os de Santana (Moinho de Santana e Moinho Velho), e mais 3, no bairro do Caramão. Estes últimos não estão reabilitados, mas os de Santana foram-no recentemente (após anterior restauro em 1965) e há planos para que voltem a funcionar e ali seja instalado um centro de interpretação que nos recorde e ensine a sua história. Com a forma de uma torre circular de alvenaria, caiados de branco e com velas triangulares de pano, foram construídos no século XVIII na Serra de Monsanto para serem explorados pelas freiras Dominicanas Irlandesas do Convento do Bom Sucesso. Hoje estão perfeitamente integrados nesta área de lazer criada em 1997 e ainda recolhida da cidade.