Atenas, a Antiguidade no Século XXI

Atenas é a cidade da arqueologia, da arte, do caos. Caso não lhe agrade nenhuma destas, o melhor é seguir diretamente para o Pireu, o porto donde saem os barcos com destino a uma das inúmeras ilhas sonhadas.

Como Roma, que a seguiu e adoptou os seus deuses, em qualquer canto e recanto de Atenas encontramos vestígios arquitectónicos e arqueológicos que testemunham a grandeza da antiga cidade-estado. O interior dos seus museus guarda as peças que os que nos antecederam viram primeiro, estudaram e recolheram, expondo-nos o legado da civilização que define e caracteriza até hoje o Ocidente.

Inevitável neste século XXI, e em especial neste Verão de 2018, falar da crise que assolou a Grécia. Os turistas inundam a sua capital e os restaurantes estão cheios, à semelhança do nosso país. Mas nunca, em nenhuma cidade do mundo, vi tanta gente a pedir e a dormir nas ruas como vejo agora em Atenas. Famílias, até. Velhos e novos. O edificado mal conservado e os rabiscos dos grafittis constantemente a degradarem a paisagem urbana.

Os contrastes em Atenas são evidentes. Deambulando pela cidade não se chega a sentir estar na Europa e por vezes nem sequer neste século. Temos as colunas da Acrópole e de outros templos, sim, mas temos também as ruas estreitas preenchidas de lojas que mais parecem um souk do oriente.

Atenas não possui prédios altos e talvez por isso é ampla e estende-se até ao mar num contínuo de construções. Monastiraki é o coração da cidade, vibrante, o lugar onde todos se juntam. À sua volta vários redutos, bairros com características próprias, como as esplanadas do Thisio, a criatividade do Metaxourgio, os graffitis da Exarcheia, os museus e palácios da Syntagma, o charme da Plaka e as lojas de luxo de Kolonaki.

E colinas donde se observa toda esta amplitude. A curiosa topografia de Atenas faz com que de repente se elevem pedaços rochosos. O mais famoso deles é, claro, a Acrópole. Mas para vistas soberbas não podemos perder a subida quer ao Monte Philopappos, quer ao Monte Lycabetos.

E, depois, existe uma série de terraços para serem vividos. Atenas é, também, a cidade dos terraços transformados em bares, restaurantes ou até festas espontâneas. Monastiraki pode ser o coração da cidade, perto de todos os demais bairros, lugares históricos, lojas e restaurantes. Mas se queremos passar uma noite de sono tranquila há que pensar duas vezes antes de o escolher como lugar de estadia, sabemo-lo agora: no nosso prédio de 7 andares semi-abandonado com apartamentos a serem progressivamente transformados em alojamento local estava a ser dada uma festa com música alta até às 5 da manhã. Não nos juntámos a ela, quase demos os bons-dias ao sem abrigo que lá permaneceu a dormir depois da festa e quando relatámos o facto a quem nos alugou o apartamento recebemos, juntamente com um encolher de ombros, a resposta de que estávamos em Monastiraki, é Verão, o pessoal gosta de festas.

Em seguida um breve roteiro do que ver e onde estar em Atenas.

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