A incursão por Essaouira foi atribulada, por conta de uma gastroenterite valente. Não sendo coisa rara por estes lados é sempre uma experiência a esquecer. De qualquer das formas, o organismo, no meu caso, demorou a dar sinais e ainda consegui aproveitar um dia, que deu para conhecer a cidade.
A primeira coisa que se nota quando se chega a Essaouira é que o clima é bem diferente. Depois de alguns dias na tórrida Marrakech e de uma passagem escaldante pelo Atlas, chegámos pelo fresco da noite a Essaouira. Apesar de o clima bem mais ameno, não deixa de ser igualmente desconfortável, devido à alta humidade que aqui se sente, ou não estivéssemos à beira do Atlântico.
Outro aspecto bem distinto em relação a Marrakech – cidade vermelha – é que aqui a cor predominante é o branco, já que os edifícios são caiados.
No século XVI os portugueses construíram aqui um forte, ficando a cidade conhecida como Mogador. Pela sua geografia, a cidade, sempre teve potencial portuário, mantendo actualmente essa vertente. Assistir a azáfama do porto é um espectáculo imperdível, pela sua cor, dinâmica, odor. Tal como toda a cidade, o porto é de uma grande fotogenia.
Um espectáculo a não perder é o sobrevoar constante das gaivotas com o skyline da Medina ao fundo. Apetece ficar ali a observar e a sentir aquela liberdade.
Um aspecto bem exótico é a roupa dos locais. Tanto as mulheres como os homens andam com o tradicional djellaba, que é uma veste longa, larga e de mangas compridas. Sendo que elas, maioritariamente, seguindo a tradição islâmica, cobrem o rosto com um véu, e eles cobrem a cabeça com um tarbouch.