Vila Nova da Barquinha é um pequeno concelho à beira Tejo. Pequeno em área mas com pontos de interesse em número tal que nos faz deixar de duvidar que aquele pequeno núcleo urbano que é sede de concelho possa ter à sua volta tanta história, arte e natureza.
O Castelo de Almourol fica aqui, assim como aqui fica a pitoresca aldeia de Tancos e sua Praia do Ribatejo. Mais afastado do Tejo temos desde o último mês uma obra de Vhils: uma homenagem aos oleiros do concelho com a sua técnica característica marcada na fachada de um posto de transformação da EDP na aldeia da Atalaia. Integrado no projecto Arte Pública da Fundação EDP, esta é a primeira intervenção artística de dez que durante o ano irão surgir em diversos pontos do concelho de Vila Nova da Barquinha.
Mas se a obra de Vhils é o mais fresco exemplar de arte urbana numa zona rural do concelho, o Barquinha Parque e seu Parque de Escultura Contemporânea de Almourol já por aqui anda há mais tempo.
Uma autêntica galeria a céu aberto que segue o correr do Tejo, este parque público com um extenso relvado inaugurado em 2005, da autoria dos arquitectos paisagistas Hipólito Bettencourt e Joana Sena Rego, é uma preciosidade quer pela sua implantação e integração na paisagem natural quer pela sua qualidade paisagística e artística, para além de espaço de lazer.
Posteriormente, em 2012, foi criado o referido Parque de Escultura. Talvez nem nos melhores museus portugueses se reúnam tantos artistas de renome: Alberto Carneiro, Ângela Ferreira, Carlos Nogueira, Cristina Ataíde, Fernanda Fragateiro, Joana Vasconcelos, José Pedro Croft, Pedro Cabrita Reis, Rui Chafes, Xana e Zulmiro de Carvalho.
São, pois, onze esculturas que nos surpreendem à beira Tejo (entretanto acompanhadas por outros apontamentos artísticos).
Alguns exemplos em foto:
Rega, de Ângela Ferreira (a obra que mais evidentemente se inspirou nas vidas da comunidade local, um instrumento de rega de campos transformado em baloiço)
Rotter, de Cristina Ataíde (a merujona, instrumento de pesca local re-interpretado)
Contramundo, de Rui Chafes
Linha da Terra e do Rio, de Zulmiro de Carvalho, e Casa no Céu, de Xana
Casa Quadrada com Árvore Dentro, de Carlos Nogueira
Castelo, de Pedro Cabrita Reis
Sem Título, de José Pedro Croft
Concrete Poem, de Fernanda Fragateiro, e Trianons, de Joana Vasconcelos
Sobre a Floresta, de Alberto Carneiro