A Bailar pelo México

Os próximos tempos aqui no Andes Sem Parar serão dedicados ao México.

https://open.spotify.com/user/susanatsantos/playlist/2vyoWADqOWu9uOYGNqX5bz?si=3poafWijREW51aByLy0qRw

Para embalar, eis uma selecção musical.

Antes da viagem, que sabíamos do México? Para além do “Bamos lá Cambada” que nos guiou até ao México 86 antes da greve dos nossos jogadores e do golaço de Negrete que lhe deu o bilhete para jogar um episodicamente em Alvalade, temos o La Bamba que no seu tempo ouvimos até à exaustão, as pirâmides Maias como interlúdio entre mergulhos no mar das Caraíbas, a Frida tornada pop-star, Roma como nome de bairro da Cidade do México dada a conhecer-nos pelo vencedor do Óscar de melhor Realizador deste ano e uns quantos restaurantes que se tornaram obrigatórios na cena gastronómica lisboeta.

Com a banda sonora agora proposta vemos que o México é muito mais do que o La Bamba e umas músicas de mariachis. Na verdade, umas quantas músicas intemporais surgiram aqui e foram cantadas por nomes universais.

País imenso e variado, uma língua de terra virada tanto para o Atlântico, através do Mar das Caraíbas, como para o Pacífico que ocupa quase toda a América Central, no México fala-se espanhol, mas com esta viagem ficámos a saber que ainda se falam outras línguas e que, sobretudo na região de Oaxaca, muitas são as etnias que ainda resistem na preservação da sua identidade cultural. E ficámos ainda a saber que não apenas os Maias construíram pirâmides. Uma viagem ao México é, pois, também muito mais do que praia. Mas se insistimos em iniciar a banda sonora pelo La Bamba, também não resistimos a uns dias junto à infinita costa mexicana.

Dito isto, com a bagagem ocupada pela dureza agreste de Pedro Páramo, de Juan Rulfo, e a loucura citadina dos Detectives Selvagens, de Roberto Bolaño, o nosso itinerário no país de Carlos Fuentes e Octávio Paz passou, em primeiro lugar, pela sua capital, Cidade do México (ou apenas México, para os locais), pelas cidades coloniais de San Miguel de Allende e de Guanajuato (que levaram Hernán Cortés e seus seguidores ao centro do México na busca incessante do ouro e da prata), pela festiva Oaxaca (Julho é o mês da Guelaguetza) e pelas praias de Puerto Escondido (a onda de Zicatela é das mais tubulares do mundo).

Mais importante do que tudo, no fim desta viagem sabemos e podemos afirmá-lo com toda a segurança: o México por onde andámos – com a sua capital à cabeça – é hoje um país seguríssimo (não extrapolar a afirmação para o norte fronteiriço com os EUA). Apanhar um táxi na rua, por exemplo, não requer mais do que um esticar de braço, sentar no banco, aguardar a viagem e abrir a porta na chegada ao destino. E confiar que o preço apresentado é o justo e seguir a bailar, que para além de simpáticos e bons anfitriões, os mexicanos gostam é de uma boa música que nos alegre a vida, que a morte, essa, é certa e não se receia, como nos ensinou Coco.

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