Joanna Lumley na Índia

Neste tempo de pandemia em que alguns são obrigados a permanecer em casa, não cessa a sugestão de livros e filmes. É nessa boleia que aproveitamos para ver (ou rever) o documentário “Joanna Lumley na Índia”.

Filmado em 2017, a atriz inglesa leva-nos à sua Índia natal ao longo de três episódios. Podemos ver o primeiro episódio na RTP Play e os restantes dois episódios nos próximos domingos, na RTP2, às 19:05.

Neste documentário o aviso vem logo às primeiras imagens e falas: é impossível conhecer a Índia toda. País imenso e diverso, ainda assim Joanna tenta percorrê-lo.

O início deste primeiro episódio de “Joanna Lumley na Índia” acontece em Madurai, a capital do estado Tamil Nadu no sul da Índia. E é também o início do assombro de cor e confusão das ruas que acontece um pouco por todo o sub-continente. O hinduísmo é igualmente uma constante – a maior religião em terra de muitas outras religiões – e por isso impõe-se uma primeira alusão ao Templo Meenakshi. São tantos os templos fabulosos da Índia que não dá para dizer que este é mais do que qualquer outro. Mas de um dos históricos templos indianos nunca se poderá dizer que é apenas mais um.

Do sul há ainda oportunidade para falar do facto da região ser maioritariamente vegetariana e contribuir para que a Índia seja um dos países com o menor consumo de carne. E umas imagens da bela e em muito intocada paisagem dos Ghats Ocidentais, a cordilheira que rasga o sudoeste da Índia, lugar de plantações de chá e de elefantes.

Em Hyderabad é nos dado a ver o brilho das jóias provenientes das minas de Golconda. O brilho dos diamantes para quem pode, sim, mas também o brilho das braceletes que toda a mulher indiana faz questão de usar.

Temos aqui já uma série de imagens que todos nós facilmente imaginamos da Índia: os templos, a confusão, a cor, o chá e os elefantes. Falta o cinema, neste caso o de Tollywood, de língua telugu, uma das muitas indústrias de cinema da Índia. Num dos maiores e mais avançados estúdios do mundo, instalado às portas de Hyderabad, aqui tudo se cria virtualmente, incluindo tigres a lutarem com seres humanos sem que nem uns nem outros sejam reais.

A jornada deste primeiro episódio continua, agora por Calcutá, durante muitas décadas a capital do Império Britânico na Índia. E aqui, para além de nos ser apresentada uma série de “micro-empresários”, os donos das muitas bancas da deliciosa comida de rua que tem uma forma própria de se comer, é-nos repetida outra imagem da Índia, a pobreza.

Este primeiro episódio termina no Siquim, um dos estados mais pequenos e menos habitados da Índia, terra de fronteira com uma localização estratégica nas montanhas dos Himalaias. Apesar de este ser um périplo em muitos pontos pessoal (Joanna nasceu em Srinagar, na Caxemira, e os seus familiares moraram em Gangtok, no Siquim) e de se recorrer a diversos clichés, esta é uma viagem visual com muito para confirmar e muito mais para descobrir.

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