Uma das surpresas que Odemira oferece é a quantidade e diversidade de caminhadas a fazer na região. Com uma parte generosa do concelho integrada no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, o projecto Rota Vicentina tem marcada uma rede de 750 kms de trilhos pedestres – é consultá-los aqui. Os mais procurados são aqueles integrados no Trilho dos Pescadores (13 etapas junto ao mar, desde Sines a Lagos), mas há também os do Caminho Histórico e Percursos Circulares. Por uma questão de logística (começar e terminar no mesmo ponto) é a estes últimos que nos vamos referir agora. Um ponto prévio: a dinâmica da paisagem varia consoante a época do ano.


O trilho pedestre “Dunas do Almograve”, com 8,5 kms, permite-nos conjugar a paisagem marítima com a paisagem agrícola ao seguir em parte paralelo ao mar – coincidente com o Trilho dos Pescadores – e em parte interior. Aqui vemos os campos verdes, alguns alagados, com muitas vaquinhas e ovelhinhas por ocupantes.


O trilho pedestre “Charcos Mediterrânicos”, com 6 ou 12 kms, é um dos mais educativos que se pode conhecer. Com início ou na estrada a caminho da Praia do Malhão ou no Portinho do Canal, este percurso integrado no projecto “Life Charcos” permite-nos aprender mais sobre o valor ecológico e a biodiversidade deste habitat natural, onde vivem plantas e animais, ameaçado pela acção humana. Parecem águas estagnadas e sujas, mas não o são. Pouco profundos, os charcos são maiores do que poças de água e menores do que lagos, formam-se no período das chuvas – Outono e Inverno – e secam no tempo quente. Daí serem temporários. Ou seja, nem sempre são visíveis, embora possamos percebê-los pelo charco artificial instalado junto ao Centro de Interpretação Ambiental. Na vertente oposta caminhamos por uma zona de charneca, igualmente com possibilidade de formação de charcos, passando por um monte abandonado graffitado e com vista para o mar.


O trilho pedestre “Hortas de São Luís”, com início e chegada na povoação de mesmo nome, é um dos mais curtos, com 3,5 kms. Por uma zona interior, serrana, atravessamos São Luís, deixamos o seu balneário público para trás e seguimos por quintas, hortas e pomares e pela floresta adentro.


O percurso pedestre “Troviscais ao Mira”, com 11,5 kms, é muito variado. Caminhamos quer por uma paisagem florestal, de mata e de montado de sobreiro, quer junto ao rio. O Mira é aqui sinuoso e largo, pacato, onde aves, cavalos e remadores desfrutam tranquilamente do cenário. Tal como nós.


O percurso pedestre “São Martinho das Amoreiras”, com 8 ou 12,5 kms, tem início na povoação de mesmo nome. No mais interior dos trilhos da Rota Vicentina, seguimos pelas ruas de São Martinho e vamos por colinas e vales verdejantes, passando por montes, moinhos e cavalos. É neste percurso que atingimos o ponto mais elevado de todos os percursos que já trilhámos.


O percurso pedestre “Charneca de São Teotónio”, com 8,5 kms, é igualmente diverso. Com início na bonita praça de São Teotónio, avançamos pelo núcleo urbano, passamos por paisagem típica de charneca e por zonas agrícolas com terrenos cultivados. Foi aqui que vimos dos cogumelos mais bonitos.


Os percursos pedestres “De Santa Clara à Barragem”, com 10 kms, e “Senhora das Neves”, com 5, 8 ou 12 kms, foram os mais bonitos onde tivemos o prazer de caminhar e, por isso, dedicaremos um post exclusivo a cada um deles.


Olá, boa informação sobre e este concelho que certamente estimula a vontade de explorar.
Obrigado
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E podemos explorar Odemira de muitas outras formas para além de um mergulho nas suas praias 🙂
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