Por Onde Andámos em 2019

Terminámos Dezembro de 2019 com um triplete de posts sobre uma jornada de bicicleta de Espinho a Aveiro, passando pelos Passadiços da Barrinha / Lagoa de Paramos e pelos caminhos da Ria de Aveiro. Curiosamente, foi pelo distrito de Aveiro, com a sua dramática Serra da Freita e os seus épicos Passadiços do Paiva, que iniciámos Janeiro de 2019 aqui no Andes Sem Parar. Tivemos ainda tempo para uma saltada ao Alentejo, pelas belas vilas e aldeias de Castelo de Vide, Marvão, Ouguela e uma experiência vinícola e arquitectónica na Adega Mayor de Siza Viera.

Fevereiro foi dedicado aos parques, museus e mercados de Berlim, provavelmente a capital mais indie e alternativa da Europa. E acessível para os bolsos portugueses.

Em Março tornei-me também leitora do Andes e viajei à boleia das palavras e fotos da mana por São Tomé.

Abril rumou a norte. Minho e Trás-os-Montes, pelo rio Coura e pelos outros passadiços, os do Sistelo, o “Tibete português” e por aqueles caminhos que são para mim os mais bonitos da Peneda-Gerês: Soajo, Lindoso e Castro Laboreiro. E por aquele que é, igualmente para mim, dos pedaços de terra mais incríveis, Pitões de Júnias.

Em Maio, depois de um dia pela Comporta, inciámos um périplo pelas ilhas do grupo central do arquipélago dos Açores (com excepção da Graciosa) que se estendeu pelo mês de Junho. Tão marcante foi esta viagem que durante 2019 já lá voltámos e temos planos para 2020 o continuar a fazer. No Faial descobrimos o mais novo pedaço de terra portuguesa, fomos até ao centro da ilha, percorremos a sua costa e imaginámo-nos cosmopolitas na sua Horta. No Pico o mau tempo quis domar-nos mas não conseguiu mais do que convencer-nos de que faz parte do ser-se feliz nos Açores. Caminhámos à chuva e ao vento pela Paisagem da Cultura da Vinha do Pico, pela costa, pelos mistérios, pelas vilas e pelas lagoas, sem nunca vislumbrar a montanha do Pico. Mas no final, tivemos a recompensa de ver a maior montanha de Portugal, o Pico, sob várias formas e de várias ilhas. São Jorge, a ilha dragão, a terra das fajãs, seja na costa norte ou na costa sul. A Terceira é onde fica a mais bonita das cidade açorianas, Angra do Heroísmo, e uma das mais bonitas de Portugal de aquém e além mar. A cor da ilha estende-se aos Impérios do Espírito Santo, mas também ao verde do seu interior e ao azul da sua costa. E, claro, não poderia falar um passeio pelos sabores da gastronomia açoriana.

Em Julho, a antecipar as férias grandes, por entre mergulhos no mar da Costa da Caparica fizemos uma pausa no Cais do Ginjal, para contemplar Lisboa desde Almada com o Tejo de permeio. Também em casa, mas agora na Beira Alta, um passeio pelo outro rio de infância, o Alva e seus amigos.

Agosto e Setembro foram dedicados ao México. Na Cidade do México explorámos as ruas da capital antiga e moderna, deliciando-nos com os seus extraordinários murais. Nomes como Tenochtitlán e Teotihuacan entram no nosso léxico arqueológico. Descobrimos as cidades coloniais de San Miguel de Allende, a mais bonita, e Guanajuato, a cidade das praças. Em Oaxaca, a mais carismática das cidades mexicanas, sentimos o poder da Guelaguetza e de mais uma cidade pré-hispânica, Monte Albán. A costa de Oaxaca trouxe-nos a experiência da poderosa onda de Puerto Escondido e o encanto dos seus golfinhos e bioluminiscência da sua lagoa.

Ainda em Setembro, rumámos a Viseu, por cujas redondezas continuámos em Outubro, nas aldeias de Ucanha, Linhares da Beira e mais uns castelos pela Beira. No centro do país deambulámos pelas aldeias de xisto de Casal de São Simão, Gondramaz, da Lousã (incluindo seu castelo), de Góis e de Água Formosa e passadiços do Penedo Furado.

Em Novembro e parte de Dezembro andámos pela Roménia, a par dos Açores o ponto alto das viagens de 2019 a recordar para sempre. Passámos pela capital Bucareste, pela região de Maramures com as suas igrejas de madeira, por Bucovina e seus mosteiros pintados, conduzimos a louca Estrada Transfagarasan, adentramos na Transilvânia, com as suas aldeias e igrejas fortificadas e as cidades de casas coloridas e tradição saxã, como Sighisoara, Brasov e Sibiu.

Um ano de 2019 de grandes passeios. A continuar…

 

 

 

 

 

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